A estação mais quente do ano parece ter chegado mais cedo. Saiba como cuidar do seu amigo de quatro patas nesse período
Por Canal do Pet | 06/10/2020 18:57
O verão só chega em dezembro, mas os últimos dias estão sendo tão quentes quanto mesmo durante a primavera. As pessoas já começaram a sofrer com as altas temperaturas e com os nossos amados bichinhos de estimação isso não está diferente.
Os pets podem sofrer muito em altas temperaturas, e de acordo com a veterinária Thaís Matos, da Doghero, cães ainda mais. “Eles podem apresentar sinais de que estão sofrendo muito com calor e alguns podem até chegar ao óbito”, alerta.
De acordo com a especialista, os cachorros não transpiram como os seres humanos, mas controlam a troca de calor do corpo e conseguem manter a temperatura ideal por meio da respiração. Algumas raças costumam sofrer mais com o calor, como os husky siberianos, são bernardos, berneses e chow chow. Eles tendem a sentir mais calor que os cães de pelagem curta como os vira-latas, pinschers e dachshunds.
As raças braquicefálicas (aquelas que apresentam o focinho achatado), como os pugs, buldogues, boxers e shih tzus, apesar da pelagem curta, também podem sofrer mais com as altas temperaturas. “Essas raças têm maior dificuldade para respirar e também de trocar calor com o ambiente. Por isso, os tutores devem ficar atentos aos sinais do animalzinho”, explica.
Além de conhecer melhor os hábitos, a rotina, a personalidade, as características de cada raça e observar seu comportamento em dias quentes, os pais e mães de pets precisam saber o que pode e o que não pode fazer para ajudar o seu filhote, aconselha a especialista.
Quais sinais indicam que meu pet está sofrendo com o calor?
O ato de respirar rápido com a língua para fora indica não só que o pet está cansado, mas também que pode estar com calor. Esse é o primeiro sinal de que a temperatura pode estar incomodando. Outros sinais de incômodo são:
- O cão deitar-se em locais com piso frio com a patas traseiras esticadas
- Beber muita água.
- Ficar mais quieto que o habitual
- Procurar sempre locais cobertos sem exposição ao sol, frescos e ventilados
Como deixá-los seguros, saudáveis e longe dessa sensação?
Para amenizar o sentimento de calor e levar bem-estar aos animais, os tutores devem sempre deixar água fresca à disposição. Durante as altas temperaturas, os pets costumar beber muito mais água e o líquido costuma ficar quente mais rápido. “Uma sugestão é colocar pedras de gelo dentro dos potes para manter a temperatura da água agradável por mais tempo”, complementa.
Outra dica é fazer as refeições do pet em horários mais “amenos”. O ideal é oferecer a comida nos períodos da manhã ou ao anoitecer. Os passeios são outro fator que também deve sofrer alteração de horário. O ideal é realizá-los antes das 10 horas e após às 17 horas, para evitar que o pet tenha contato com o chão quente, evitando que queimem as patinhas.
Em relação aos banhos, em época de altas temperaturas eles também devem ser mais frequentes. No entanto, é preciso ficar atento na hora de secar o animal. “Mesmo com o calor, o tutor deve secar o pet para que a umidade não colabore na proliferação de fungos e no aparecimento de problemas dermatológicos no cãozinho”, alerta.
Em caso de cães com pelos longos, a sugestão é manter a tosa baixa a fim de diminuir o tamanho do pelo e, consequentemente, o calor. “Não se deve retirar toda a pelagem, o ideal é que permaneça pelo menos 5 centímetros de pelo, pois eles atuam como um isolante térmico e evitam que o animal perca ou receba calor em excesso também”, diz a veterinária.
Em algumas raças, o ideal é fazer a tosa higiênica na região da barriga, para quando o cachorro deitar no chão, a pele terá maior contato com o piso frio, ajudando-o a aliviar o calor. “Outra opção é deixar a temperatura mais amena com ar-condicionado ou ventiladores ligados no ambiente que o pet está. Assim ele ficará mais refrescado”.