ECONOMIA DEFESA DO CONSUMIDOR Planos de saúde para pets vêm crescendo. Saiba os cuidados a tomar

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Entre 100 e 130 mil animais domésticos estã cobertos por planos de saúde pet no Brasil, serviço cada vez mais procurado

Luciana Casemiro

16/10/2021 – 16:24 / Atualizado em 18/10/2021 – 11:04

RIO — Antes mesmo da lulu-da-pomerânia Luna Francisca Kardashian chegar no último dia 4, como presente para sua filha Elisa, Patricya Oliveira já tinha iniciado uma pesquisa sobre custos para garantir uma boa assistência médica à cachorrinha. Mãe de pet de primeira viagem, Patricya planeja contratar um plano de saúde para Luna, mas ainda avalia custos e benefícios.

— Como não tenho experiência, temo os custos de uma emergência e preciso de orientação. Já vi o valor de consultas em domicílio, vacinas, mensalidade de planos e até serviços oferecidos pela unidade pública de atendimento veterinário perto de casa — conta.

De fato, diz Diogo Alves, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio (CRMV-RJ), não há como precisar custo, por exemplo, de uma cirurgia, que pode ultrapassar os R$ 10 mil a depender de complexidade, materiais usados e estado do animal.

Ele pondera, porém, que antes da fase geriátrica — quando o recomendável é fazer exames e consultas a cada 6 meses — animais com vermífugo e vacina em dia têm 1,3 consulta veterinária por ano.

— Os planos de saúde para pet crescem exponencialmente. O consumidor deve ficar atento: empresas que prestam esse serviço devem estar registradas no CRMV de seu estado e ter um profissional médico veterinário como responsável técnico — ressalta.

Estima-se que entre cem mil e 130 mil animais domésticos estejam cobertos por planos de saúde no Brasil. A expectativa do mercado é que, dentro de quatro ou cinco anos, esse número passe de um milhão.

Ainda pouco diante dos quase 80 milhões de pets do país, somando cães e gatos, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).

O plano de saúde pet guarda similaridades com o de humanos, como rede credenciada, período de carência, diferenciação entre planos ambulatoriais, sem direito, a internação e os mais completos, com exames complexos, cirurgias e internação hospitalarAlguns até têm diferenciação de preço por idade.

Precursora e líder nesse segmento, a Porto.pet oferece cobertura a 42 mil pets, em três tipos de plano, com custo de R$ 99 a R$ 400 por mês, oferecidos em Belo Horizonte, Rio, São Paulo (capital e interior), Curitiba, Porto Alegre e Brasília.

— A ambição é ter um plano nacional. Mas o número de usuários e a rede credenciada precisam andar lado a lado. Hoje há mais de 500 credenciados. Também estudamos ter um plano com pagamento de coparticipação, como nos planos tradicionais, para tornar a mensalidade mais acessível — antecipa Fabiano Lima, CEO da Porto.Pet.

Seguro com assistência pet

Fernanda Almeida, analista de segurança da informação, contratou um plano para o seu yorkshire Sigmund há cinco anos, mas acabou cancelando quando perdeu o emprego. Ano passado, fez um novo contrato, com a certeza de que economizará:

— Sigmund já tem 7 anos. Costumo fazer um check-up nele duas vezes por ano, cada um me custa entre R$ 1.500 e R$ 2 mil. Pago R$ 250 mensais pelo plano e fico tranquila sabendo que não terei surpresas se tiver uma internação e que poderei dar a ele a melhor assistência.